A Perspectiva realizou nos dias 29 e 30 de abril a segunda pesquisa sobre o pensamento do morador de Manaus acerca de alguns aspectos da pandemia do novo coronavírus.
De acordo com os participantes, de cada 10 pessoas que eles têm proximidade, pelo menos duas já foram infectadas ou apresentaram os sintomas mais comuns.
Quando perguntados sobre vacina, 37% disseram que ela será descoberta somente no ano que vem; 32% acreditam que ela virá ainda em 2020, e 15% são totalmente pessimistas.
No que diz respeito à quantidade de óbitos, 30% afirmam que o número de mortes irá dobrar no mês maio, e apenas 3% dizem que será igual ao mês de abril.
Sobre retomar as atividades no mês de maio, 29% condicionam essa volta à manutenção dos cuidados que estão sendo tomados em outros países, enquanto que 20% querem salvar renda e emprego, mesmo que ocorram algumas mortes inevitáveis; 6% aprovam o retorno, porque o isolamento não funcionou.
Já 18% preferem aguardar mais um mês; 17% dizem que não voltam enquanto as unidades de saúde estiverem com lotação máxima, e 7 % querem um isolamento mais rígido na cidade.
Quanto ao uso constante de máscaras de proteção, somente 13% disseram utilizar com regularidade, e 27% usam algumas vezes. Os 60% restantes não estão seguindo essa recomendação.
Em relação à condição financeira para comprar as máscaras, 70% afirmaram não ter como adquirir, contra 30% que podem.
Diante da enorme quantidade de informações diárias sobre a pandemia, apenas 17% acreditam estar muito bem informados, pois sabem separar o que é verdadeiro.
Os que possuem algum tipo de dúvida, sentem desconfiança ou se mostram confusos com o bombardeio de notícias somam 77%; 3% estão despreocupados e sem o menor interesse em saber o que falam.
Questionados se Manaus estaria melhor preparada se daqui a um ano ocorresse outra pandemia com um novo vírus, 59% disseram que talvez; 29% sim, e 12% não.
As disputas políticas que estão ocorrendo ao mesmo tempo em que Manaus é atingida fortemente pela pandemia de Covid-19 foram reprovadas por 74% dos participantes, que consideram os envolvidos como políticos oportunistas e desqualificados (54%) e que não respeitam a tragédia em que vivemos (20%).
Apenas 9% afirmam que as atitudes são corretas, porque é a profissão deles, e 12% concordam que isso faz parte da política brasileira.
A amostra deste estudo foi de 800 participantes, com entrevistas feitas somente por telefone, voluntárias e confidenciais. A margem de erro é de 3,5%, para mais ou para menos.
JOB-003-PESQUISA-DE-OPINIÃO-COVID-19-MANAUS-PARTE-2